sexta-feira, 21 de junho de 2019

DO LIVRO "A NOITE QUE MUDOU A REVOLUÇÃO DE ABRIL - A ASSEMBLEIA MILITAR DE 11 DE MARÇO DE 1975" (transcrição da gravação original)
Coordenação: Carlos Almada Contreiras
Participação: Vasco Lourenço, Jacinto Godinho

«Uma das coisas que eu mais gosto é de ver desfazer os mitos do Zé Tuga.
Este livro desfaz a 100% um dos maiores mitos do Zé Tuga. Trata-se da transcrição da gravação da Assembleia do MFA de 11 de Março de 1975.

Durante anos e anos, andou esta gravação perdida e o Zé Tuga foi acreditando no mito. E o mito dizia que tinha sido uma Assembleia selvagem, que estava cheia de praças, que se pediu o fuzilamento do Mário Soares e outras teorias do género.
Afinal não foi uma Assembleia selvagem, tudo decorreu ordeiramente, nenhum soldado (praça) interveio na mesma e os que ficaram na fama de serem os mais radicais foram os mais moderados.
Um homem que ficou para a História como o que tinha pedido o fuzilamente imediato dos responsáveis pelo ataque ao RAL- 1 e que foi o coronel Varela Gomes, afinal, não disse nada disso. Infelizmente, já faleceu e nunca em vida pôde ver reposta a verdade.
Vasco Gonçalves e Rosa Coutinho foram o mais moderados possível e Cabral e Silva (do Gabinete do Primeiro-Ministro Vasco Gonçalves) fez um discurso apaziguador, contra os tais fuzilamentos. Contra os fuzilamentos também se manifestaram veementemente Rosa Coutinho e Costa Gomes.
E o mais curioso: Pinheiro de Azevedo pediu a prisão de Mário Soares nestes termos: "Sendo assim, prende-se aquele gajo, pá!," ao que Costa Gomes retorquiu. "Ah, isso não!"[página 121] :) »
João M. Aristides Duarte

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