quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

ULISES ESTRADA

«Falleció el cubano Ulises Estrada, compañero de lucha del Che Guevara
Ulises Estrada, muy vinculado al revolucionario argentino-cubano Ernesto Che Guevara y la mítica guerrillera alemana Tania, falleció el domingo en La Habana a los 79 años de edad, informó este martes el diario oficial Granma.

CAPITÃO DE ABRIL

«O difícil está feito e o impossível só leva mais tempo.»
Salgueiro Maia (01 Julho 1944 - 04 Abril 1992)

CAPITÃO DE ABRIL

Se Salgueiro Maia fosse vivo diria: «Não se preocupem com o local onde sepultar o meu corpo. Preocupem-se é com aqueles que querem sepultar o que ajudei a construir.» - Por Ivo Rafael
Salgueiro Maia (01 Julho 1944 - 04 Abril 1992)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

LENINGRADO 70 ANOS

«70 años del fin del sitio de Leningrado: 872 días de asedio y 1,2 millones de muertos

Rusia conmemora este lunes el 70º aniversario del fin del bloqueo de Leningrado. El asedio duró casi 2,5 años y se llevó la vida de más de 1,2 millones de personas, entre víctimas de bombardeos, desnutrición y congelación.

ILUSÕES

«Na economia real não há milagres
Neste momento está em curso no nosso país uma gigantesca operação de propaganda levada a cabo pelo governo e pelos seus defensores na comunicação social com o objetivo de convencer a opinião pública que a política de austeridade resultou (“os sacrifícios valeram a pena” repetem); que se está a verificar uma viragem económica, e que Portugal entrou no crescimento económico e desenvolvimento.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MONIKA ERTL

«Recordando a Mónica Ertl, la guerrillera alemana que ajustició a uno de los asesinos del Che»
Vídeo.

RICOS E POBRES

«Os 85 mais ricos do mundo têm tanto como a metade mais pobre
Portugal é assinalado como um dos países onde o peso dos rendimentos dos mais ricos no rendimento total mais que duplicou nas últimas décadas.
Um relatório divulgado esta segunda-feira pela organização humanitária Oxfam conclui que a riqueza concentrada nas mãos das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale aos recursos da metade mais pobre da população mundial.

MEMÓRIA DOS CAMPOS

«MUNDO, SOCIEDADE   ALEMANHA, DIREITOS HUMANOS, GUERRA, HISTÓRIA, WWII
FILME DEMASIADO CHOCANTE DE HITCHCOCK SOBRE O HOLOCAUSTO ESPEROU 70 ANOS PARA SER LANÇADO

“Memória dos Campos” é conhecido como o documentário nunca visto de Alfred Hitchcock sobre o Holocausto.  A película, realizada em 1945 para mostrar aos alemães as atrocidades nazis e vetada pelos aliados devido à brutalidade das suas imagens, está finalmente pronta para ser mostrada ao público.

sábado, 18 de janeiro de 2014

GREVE GERAL 1934

«O 18 de Janeiro foi há 80 anos - Homenageemos os seus heróis

A Greve Geral de 18 de Janeiro de 1934 foi há 80 anos. 1933 havia sido o ano da fascização institucionalizada por uma Constituição plebiscitada, em que as abstenções foram tidas como voto sim, após sete anos de ditadura militar que desde 28 de Maio de 1926 governava Portugal. Nesse ano, Salazar introduziu em Portugal o regime fascista, concebido em Itália por Mussolini, como meio para travar a luta da classe operária, baseado numa concepção anti-parlamentar e anti-partidos, da qual voltam hoje a proliferar adeptos em Portugal e por esse mundo fora, como podemos verificar no nosso dia-a-dia. O fascismo admitia apenas um partido, o seu. No caso português, a União Nacional.

I GRANDE GUERRA MUNDIAL

«Más de 80 soldados quedaron al descubierto
El derretimiento de glaciares en Italia expone momias de la Primera Guerra Mundial (+Fotos)
17 enero 2014

Los primeros materiales históricos salieron literalmente a la superficie en la década de los 90. Incluían cartas, diarios y fragmentos de periódicos rusos

ARY DOS SANTOS

José Carlos Ary dos Santos faleceu há 30 anos.
Samuel - Llanto para Alfonso Sastre y todos
Fonte: You Tube

ARY DOS SANTOS

José Carlos Ary dos Santos faleceu há 30 anos.
«Soneto presente

Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui.

BACH

«Jorge Aragão da Cruz é um cantor, sambista, compositor brasileiro.»
Ave Maria (Bach-Gounod). Solo de cavaquinho.
Fonte: You Tube

ARY DOS SANTOS

José Carlos Ary dos Santos faleceu há 30 anos.
«Ary dos Santos ou a voz indomada e indomável
José Carlos Ary dos Santos morreu há vinte e cinco anos: de álcool, de desespero e de solidão. Tudo isso foi por ele procurado em êxtase, em euforia, em excesso. Tinha 46 anos e uma existência que, de certo modo, correspondeu às exigências e às lutas da época que lhe coube viver. E Ary nunca desistiu, nunca contornou obstáculos, cara a cara, frente a frente, pegou o toiro pelos cornos, como escreveu numa canção célebre. De facto, a "Tourada", mais do que uma metáfora, era a grande analogia da sua vida.

sábado, 11 de janeiro de 2014

MANDELA

«Honrar Mandela por inteiro: da posição portuguesa

O pai da pátria sul-africana que conhecemos hoje não nasceu como político, lutador e líder da resistência no dia em que acabaram os conhecidos 27 anos de prisão. Honrar Mandela apenas “a partir da sua libertação”, sublinhando a opção pessoal e política pela conciliação nacional sem vingança histórica, é trair Mandela e a Política.

DAVE BRUBECK

Take Five. É fácil de gostar.

«Won't you stop and take 
A little time out with me 
Just take five 
Stop your busy day 
And take the time out 
To see if I'm alive

CELIA SÁNCHEZ MANDULEY

«Nuestra Celia, la de todos los días
Por Bertha Mojena Milián
11/01/2014

No la conocí, no tuve la enorme dicha de tenerla cerca. Sin embargo, leía cosas hermosas sobre ella y escuchaba a los de mayor edad llamarla “heroína”, “flor autóctona de la Revolución“, “mujer rebelde”. Y confieso que era una imagen que no siempre lograba acercar a la realidad.

VENEZUELA

«Así fue el discurso del Comandante Hugo Chávez, en el estado de Cojedes (...)» em 1998.
Fonte: You Tube.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

AVES

Um sítio fantástico com cantos de aves.
Fonte: xeno-canto

EUSÉBIO

«Era "só" um futebolista
Considera-se um pensador, apesar de ter sido um estratega e um homem muito agradável sempre que a lisonja lhe servia os objectivos. Não está disposto a abdicar de um poder que já ninguém lhe reconhece, nem sequer dentro do partido.

FOTOGRAFIA

«Composição Fotográfica
“A composição deve ser uma de nossas preocupações constantes, até nos encontrarmos prestes a tirar uma fotografia; e então, devemos ceder lugar à sensibilidade...” (Henri Cartier-Bresson)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

FUTEBOL REVOLUCIONÁRIO

«JOGADOR REVOLUCIONÁRIO - HERÓI DA ARGÉLIA No domingo passado morreu um ex-futebolista argelino. Tinha 85 anos. Chamou-se Mustapha Zitouni e foi jogador profissional da equipa do Mónaco, em França. Era o defesa-central da selecção francesa e ia disputar o campeonato do mundo de 1958. Tinha 29 anos.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

EUSÉBIO

25/01/1942 - 05/01/2014
Relação entre Eusébio e o Benfica
«...Vou morrer um dia, sem saber o que realmente senti quando vestia a camisola do Benfica. Não sei se era da cor, não sei... Havia qualquer coisa, que me transformava na pessoa mais importante do mundo. Fui o jogador mais feliz do mundo. Um dia que morra gostava de dar uma ultima volta ao Estádio da Luz. Este é a minha casa. Fizeram de mim uma pessoa importante...».

EUSÉBIO

25/01/1942 - 05/01/2014
«Eusébio, Old Trafford standing ovation» Vídeo

domingo, 5 de janeiro de 2014

EUSÉBIO

25/01/1942 - 05/01/2014
«Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força
sabia a contenção e era explosão
havia nele o touro e havia a corsa
Não era só instinto era ciência
magia e teoria já só prática
Havia nele a arte e a inteligência
do puro jogo e sua matemática
Buscava o golo mais que golo: só palavra
Abstração. Ponto no espaço. Teorema.
Despido do supérfluo rematava
e então não era golo: era poema»
Poema de Manuel Alegre
Declamação por Fernando Alves, nesta ligação.

EUSÉBIO

25/01/1942 - 05/01/2014
Fonte: A Bola
«Old Trafford com bandeira portuguesa a meia haste e aplausos de pé a Eusébio
Manchester rendeu-se no último adeus a Eusébio. Na partida de hoje entre o Manchester United e o Swansea, para a Taça de Inglaterra, em Old Trafford, o minuto de silêncio em memória do Pantera Negra foi trocado por um emotivo minuto de aplausos por parte de todos os adeptos presentes na casa do Manchester United.

EUSÉBIO

25/01/1942 - 05/01/2014
Fonte: Voz da Rússia
«Rússia chora com Portugal a morte de Eusébio
A notícia da morte de Eusébio tocou muitas pessoas que conheceram pessoalmente o famoso jogador de futebol português. Entre eles estão numerosos desportistas russos que compartilharam as suas memórias com agências de informação russas.

EUSÉBIO

25/01/1942 - 05/01/2014
Segundo afirmam, o melhor obituário a Eusébio veio de Inglaterra:
Fonte: The Guardian
«Eusébio obituary
Graceful footballer with a fearsome right foot and an astonishing goal-scoring record
Eusébio was the prototype of a complete 21st-century striker. Photograph: Kent Gavin/Getty Images

EUSÉBIO

25/01/1942 - 05/01/2014
Daniel Oliveira à conversa com Eusébio nesta ligação.

EUSÉBIO

Eusébio 25/01/1942 - 05/01/2014
«Mítico, lendário, ícone, ídolo, craque – imprensa internacional elogia Eusébio

Não faltam adjectivos na imprensa internacional para qualificar o antigo futebolista do Benfica.

A imprensa desportiva espanhola foi a que mais relevo deu à notícia da morte de Eusébio, nas primeiras horas após a notícia da sua morte. Mas o desaparecimento do antigo futebolista português é notícia um pouco por toda a parte, sempre com adjectivos elogiosos.

EXPRESSÕES DA AVÓ

Botar. Para que não conhecer, vai um exemplo no Imperativo da segunda pessoa do singular do verbo "botar":
«Não botes a enxada aí!»

EXPRESSÕES DA AVÓ

Bulir.

EXPRESSÕES DA AVÓ

Marear vida.

EXPRESSÕES DA AVÓ

Desinquietar.

CINEMA DE ESQUERDA

Vários Filmes: «Germinal (França), Recursos Humanos (França), Moscovo não acredita em lágrimas (URSS), A fortaleza de Brest (Bielorrússia), Os amanheceres aqui são mais aprazíveis (URSS), Quando voam as cegonhas (URSS), FARC-EP, resistência do século XXI (documentário) (Colômbia), Retratos num mar de mentiras (Colômbia), Z (França), Kapo (Itália), Debaixo de fogo (EUA), Carla's Song (Ken Loach), Bread and Roses (Ken Loach), Terra e Liberdade (Ken Loach), Vem e Vê (Elem Klimov), Dersu Uzala (Akira Kurosawa)»
Fonte: Manifesto 74

CINEMA DE ESQUERDA

«Os 50 Melhores Filmes da Esquerda por António Santos
Fonte: Manifesto 74

Cinema e socialismo foram colegas de escola no princípio do século XX. Às vezes juntos, cresceram, apaixonaram-se, magoaram-se, desiludiram-se e continuaram a aprender. Após uma primeira experiência com 35 títulos, aqui fica o catálogo a 50, alargado pelas críticas e sugestões de largas dezenas de leitores. Esta lista, inevitavelmente incompleta e truncada de injustiças, resgata da História do Cinema as melhores e mais belas encarnações dos ideais da (e não de) esquerda. Convidados, ficam os leitores a sugerir na caixa de comentários as obras que aqui faltam e a propor a alteração deste ordenamento.

ALDINA DUARTE

As suas influências são: «Alfredo Marceneiro; Beatriz da Conceição; Camané; Maria da Fé; José Mário Branco; Fausto; Sérgio Godinho; Jorge Palma; Jacques Brell; Tom Waits; Frank Sinatra; Leonard Cohen; Nina Simone; Billie Holiday; Ella Fitz Gerald; PJ Harvey; Patti Smith; Chico Buarque; João Gilberto; Maria Betânia; Elis Regina; Cartola; Caetano; Veloso; Camilo Castelo

sábado, 4 de janeiro de 2014

POESIA

«De Tanto Bater o Meu Coração Parou» (...) O título de um filme poético, ou melhor, um título poético de um filme.

MANUEL ANTÓNIO PINA

«Atropelamento e fuga 
Era preciso mais do que silêncio,
era preciso pelo menos uma grande gritaria,
uma crise de nervos, um incêndio,
portas a bater, correrias.

MANUEL ANTÓNIO PINA

«Sussurrando por luar 
Eu sei, é preciso esquecer,
desenterrar os nossos mortos e voltar a enterrá-los,
os nossos mortos anseiam por morrer
e só a nossa dor pode matá-los.

FUGA DE PENICHE

«Um milhar de pessoas, entre elas o atual líder do PCP, Jerónimos de Sousa, assistiu esta sexta-feira à recriação da fuga do histórico comunista Álvaro Cunhal da cadeia política de Peniche há 54 anos. A tenda instalada ao lado da Fortaleza de Peniche, com mais de trezentos lugares sentados, foi pequena para acolher o público,» (...)
Ler +
Fonte: TVI

WOLF MOUNTAINS

«As night falls, an ethereal mist creeps over a forest canopy as old as time. The primeval howl of a wolf echoes across the mountains followed by another and another, a pack crying in unison. Down in the valley, a bison flicks an ear, a deer is startled and a beaver swims for cover, whilst a bear waits in anticipation of a kill.» (...)
Ler +
Fonte: Erik Baláž

DOSSIER EROSÃO COSTEIRA

«Praias têm cada vez menos areia e a culpa é das barragens, diz especialista

Norte e Centro são as regiões cujas praias estão em maior risco de desaparecer. A este problema juntam-se as falhas no ordenamento do território, que permitem a construção desenfreada junto ao mar.

DOSSIER EROSÃO COSTEIRA

«Planos de Ordenamento da Orla Costeira: A difícil gestão do Litoral
As pressões sobre o litoral português são inúmeras e pouco se tem avançado num caminho de gestão integrada e sustentável. Com todos os Planos de Ordenamento de Orla Costeira concluídos em território continental mas em fase muito mais atrasada nas regiões autónomas, com a nova legislação recentemente aprovada, que futuros se desenham para o litoral?

MANUEL ANTÓNIO PINA

ESPLANADA
(...)
«O café agora é um banco, tu professora do liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.»

(Um sítio onde pousar a cabeça)

Poema Completo

MANUEL ANTÓNIO PINA

Um sítio onde pousar a cabeça.

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, de Johann Wolfgang von Goethe - O livro de Johann Wolfgang von Goethe “criou”, segundo Marcus Vinicius Mazzari, “o gênero que mais tarde foi chamado de ‘romance de formação’ (Bildungsroman), a mais importante contribuição alemã à história do romance ocidental. (…) Goethe empreendeu a primeira grande tentativa de retratar e discutir a sociedade de seu tempo de maneira global, colocando no centro do romance a questão da formação do indivíduo, do desenvolvimento de suas potencialidades sob condições históricas concretas”. (Editora 34, tradução de Nicolino Simone Neto.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «A Consciência de Zeno, de Italo Svevo - Svevo às vezes é mais citado como “o” amigo italiano de James Joyce. O irlandês foi seu professor de inglês. Poucas vezes um burguês foi retratado com tanta felicidade quanto neste romance. Zeno, um fumante inveterado — nada politicamente correto —, submete-se à psicanálise e, em seguida, desiste, porque deixa de acreditar na “ciência” de Freud. O livro é de 1923. Zeno, grande personagem, faz um mergulho poderoso na sua própria vida. Otto Maria Carpeaux qualificou o romance de “genial”. (Tradução de Ivo Barroso. Editora Nova Fronteira.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Folhas de Relva, de Walt Whitman - Walt Whitman não é “um” e sim “o” poeta norte-americano. Segundo Otto Maria Carpeaux, é um “poeta para poetas”. Dado o uso intensivo do verso livre, que ele “criou” como um método — então novo e rebelde em relação à poesia metrificada —, o poema longo de Whitman deveria ser de fácil acesso. Se fosse russo, seria cantado nas ruas, como se faz com Púchkin. A dificuldade teria a ver mais com o poema longo do que com o poema em si? Pode ser. O que a poesia de Whitman exige é um leitor atento. Harold Bloom o apresenta como “fundador” da poesia americana. “O” poeta. Há algumas traduções no Brasil. As mais citadas são as de Bruno Gambarotto (Hedra), Rodrigo Garcia Lopes (Iluminuras) e Geir Campos (Civilização Brasileira). Há uma da Editora Martin Claret.»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «A Montanha Mágica, de Thomas Mann - É o segundo grande romance de formação alemão. O livro conta a história do jovem Hans Castorp, que, ao visitar uma clínica para tuberculosos na Suíça, amadurece, participa de debates filosóficos. Enfim, vive e cresce. Mann escreveu: “E que outra coisa seria de fato o romance de formação alemão, a cujo tipo pertencem tanto o ‘Wilhelm Meister’ como ‘A Montanha Mágica’, senão uma sublimação e espiritualização do romance de aventuras?” (Nova Fronteira, tradução de Herbert Caro.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «A Lebre Com Olhos de Âmbar, de Edmund de Waal - O romance de Waal parece, à primeira vista, um trabalho de arqueologia literária escrito por uma sensibilidade do século 19. Há, aqui e ali, uma percepção meio proustiana da vida. Porém, a obra é de 2010. O belíssimo livro, escrito por alguém que tem a percepção de que Deus às vezes está nos detalhes, ganhou elogios de pesos pesados. “De maneira inesperada, combina a micro arte das miniaturas com a macro história, em um efeito grandioso”, disse Julian Barnes. “Uma busca, descrita com perfeição, de uma família e de um tempo perdidos. A partir do momento em que você abre o livro, já está numa velha Europa inteiramente recriada”, afirma Colm Tóibín. (Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. Editora Intrínseca.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Guerra e Paz, de Liev Tolstói - Se tivesse lido cuidadosamente o romance “Guerra e Paz” — literatura e história —, Adolf Hitler não teria invadido a União Soviética, em 1941, ou seja, 129 anos depois, mas com os mesmos resultados funestos das tropas de Napoleão Bonaparte. Liev Tolstói examinou a história cuidadosamente e escreveu um romance poderoso a respeito da invasão napoleónica de 1812. Seu trabalho literário rivaliza-se com as melhores histórias sobre o assunto. Detalhe: além da guerra, ele examina minuciosamente a vida civil do período. Como complemento, o leitor pode consultar “1812 — A Marcha Fatal de Napoleão Rumo a Moscou”, de Adam Zamoyski. (Tradução de Rubens Figueiredo, a única feita a partir do russo. Editora Cosac Naify.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Paradiso, de Lezama Lima - Trata-se do mais importante romance escrito por um cubano. Lezama Lima é o James Joyce ou o Guimarães Rosa de Cuba. Sua prosa barroca é densa, às vezes de difícil apreensão, mas uma leitura cuidadosa, observando-se seus vieses, leva o leitor ao paraíso. Julio Cortázar escreveu sobre o livro: ‘Paradiso’ é como o mar… Surpreendido em um começo, compreendo o gesto de minha mão quando toma o grosso volume para olhá-lo uma vez mais; este não é um livro para ler como se leem os livros, é um objeto com verso e reverso, peso e densidade, odor e gosto, um centro de vibração que não se deixa alcançar em seu canto mais entranhado se não se vai a ele com algo que participe do tato, que busque o ingresso por osmose e magia simpática”. (Brasiliense, com tradução de Josely Vianna Baptista. A poeta refez a tradução, mas um imbróglio jurídico a impede de publicá-la.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Enquanto Agonizo, de William Faulkner - “O Som e a Fúria”, de William Faulkner, é o “Ulysses” norte-americano. Mas o escritor que resgatou a história do sul profundo dos Estados Unidos por meio da literatura tem um romance menor (em tamanho) e de alta qualidade — “Enquanto Agonizo”. Neste livro, todos os personagens têm vozes, apresentadas em igualdade de condições. As vozes parecem um coro e as pessoas estão carregando um caixão, com o corpo da matriarca da família, mas é como se não saíssem do lugar. (Tradução de Wladir Dupont, L&PM.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Aquela Confusão Louca da Via Merulana, de Carlo Emilio Gadda - James Joyce “inventou” clones em alguns países: William Faulkner, nos Estados Unidos, e Guimarães Rosa, no Brasil, são, quem sabe, os mais conhecidos. Chamá-los de clones contém um certo desrespeito, mas, sem Joyce, Guimarães Rosa certamente teria sido um José Lins do Rego melhorado. Assim como Faulkner seria um Mark Twain mais denso. Mas pode-se falar num Joyce italiano? É possível. Carlo Emilio Gadda, autor de “Aquela Confusão Louca da Via Merulana” (Record, tradução de Aurora Bernardini e Homero de Freitas Andrade), é uma espécie de Joyce que “canibalizou” Rabelais. É visto como intraduzível. Acima de tudo, é um belíssimo escritor, autor de histórias fortes contadas de modo inventivo e de uma maneira às vezes frenética.»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Três Tristes Tigres, de Guillermo Cabrera Infante - O livro é uma orgia linguística e, por isso, às vezes assusta o leitor desavisado. Mas, se passar da página 50, o leitor não vai mais parar a leitura deste livro de arquitetura perfeita, que não se revela assim, dada sua fragmentação. Cabrera Infante diverte o leitor, em cada página, ao resgatar, com precisão, a oralidade e a vida comum e a vida cultural de Cuba. Logo no início, no qual há mistura de línguas, Carmen Miranda e Joe Carioca são citados. Oswald de Andrade veria, neste belíssimo romance, a antropofagia trabalhada com mestria. (Luís Carlos Cabral traduziu o romance com rigor, decifrando ao máximo suas muitas dificuldades linguísticas e culturais. José Olympio Editora.)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «A Branca Voz da Solidão, Emily Dickinson - Esclareça-se: a poeta norte-americana Emily Dickinson não publicou nenhum livro. Seus quase 2 mil poemas foram publicados depois de sua morte, em 1886. Ela tem sido bem traduzida no Brasil, desde Manuel Bandeira até Augusto de Campos e Aíla de Oliveira Gomes. Mas ninguém fez tanto pela poesia de Emily Dickinson no Brasil quanto José Lira, tradutor desta coletânea. Lira não introduziu sua poesia no país, mas pode-se dizer que a consolidou — tanto com as traduções inventivas quanto com a crítica refinada. Outro livro traduzido por ele: “Emily Dickinson: Alguns Poemas”. (Editora Iluminuras)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Vida Querida, de Alice Munro - Alice Munro é uma das maiores escritoras canadenses. É considerada como a Tchekhov da América, embora seja menos ousada do que o russo. Seus contos são romances em miniatura, amplamente desenvolvidos e, às vezes, sutis. Neste livro, além dos contos, há narrativas autobiográficas — um artifício inteligente no qual se usa a ficção para iluminar pedaços sempre escuros da vida dos indivíduos. (Tradução de Caetano W. Galindo, Companhia das Letras)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Sagarana, de Guimarães Rosa - Todos sabem: a obra-prima de Guimarães Rosa é “Grande Sertão: Veredas”, o romance brasileiro que mais dialoga com a literatura internacional — e sem submissão. Nos contos não há a mesma invenção, aquela linguagem rodopiante, que às vezes deixa o leitor tonto. Ainda assim, os contos de “Sagarana” merecem uma leitura atenta, alguns são “Pequenos Sertões: Veredas”. Alguém é capaz de ler e esquecer, por exemplo, “A hora e a vez de Augusto Matraga” e “Corpo Fechado”? (Editora Nova Fronteira)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Memorial de Aires, de Machado de Assis - Se der ouvidos a certa crítica, o leitor patropi passará a acreditar que Machado de Assis só escreveu três romances: “Dom Casmurro”, “Quincas Borba” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. O mago dos contos raramente é citado, exceto por alguns especialistas, como o inglês John Gledson. Mas há um “romancinho” de Machado de Assis que é maravilhoso. “Memorial de Aires” é muito bem escrito. É de uma sutileza rara no panorama cultural brasileiro. E, claro, é divertido, talvez porque menos “pretensioso” (a grande arte é sempre pretensiosa) do que as obras-primas “Dom Casmurro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Reparação, de Ian McEwan - Pense em Ian McEwan como uma espécie de Henry James modernizado, pós-jazz e pós-rock. O autor, talvez o mais refinado escritor inglês vivo — acima de pares como Martin Amis e Julian Barnes (este, às vezes subestimado, ao menos no Brasil) —, aparentemente mistura, aqui e ali, tanto Virginia Woolf quanto Henry James em suas histórias. Mas sua dicção para mostrar a ambivalência dos indivíduos é moderna, não é do século 19, quando James, o Henry, se formou. McEwan conta, em “Reparação”, uma história extraordinária, mas o modo como a relata, com personagens “manipulados” pelo meio e pelas próprias personagens, ou por uma delas, é que torna o romance interessante. Fica-se com a impressão de que há duas histórias — uma dominante e uma alternativa. O que é e o que poderia ter sido.»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Ulysses, de James Joyce - É o romance dos romances. Não é à toa que o idiossincrático Harold Bloom — que avalia que Shakespeare é Deus, e não apenas da literatura, pois teria inventado o homem que se tem hoje nas ruas — considere James Joyce como um par do autor de “Hamlet” e “Rei Lear”. “Ulysses” reinventa o romance moderno, tornando os posteriores espécies de sombras, não raro pálidas. Mesmo quem não o segue, rumando para outra estética, acaba se tornando tributário. As três traduções são de Antônio Houaiss (Civilização Brasileira), Bernardina Pinheiro (Objetiva) e Caetano W. Galindo (Companhia das Letras).»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «São Bernardo, de Graciliano Ramos - O romance mais importante de Graciliano Ramos é “Vidas Secas? Sem dúvida. Mas, num tempo de hegemonia dos estudos de gênero — que matam a literatura em nome de uma ideologia primária —, nada mais significante do que indicar “São Bernardo”. Este livro, se as feministas atuais lessem — as que leem são exceções —, se tornaria uma bíblia. Mas uma bíblia sem concessões moralistas. Poucos autores patropis, mesmo entre as mulheres, construíram tão bem um homem autoritário, até totalitário, quanto o Velho Graça. (Editora Record)»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Retrato de uma Senhora, de Henry James - Mestre da ambiguidade, Henry James construiu romances de alta voltagem sobre grandes mulheres, americanas ou inglesas. Pode-se dizer, até, que suas mulheres, sempre mais sutis, são mais bem construídas do que as personagens masculinas. Neste romance, há uma grande personagem, Isabel Archer. O leitor poderá sugerir: “Mas ela é enganada por um homem”. Por certo, é. Mas permanece como uma grande personagem. Este livro — ao lado de “As Asas da Pomba” — deveria ser lido por todos os leitores, sobretudo pelas mulheres. Os homens deveriam amarrá-las para que lessem esta obra-prima? Nem tanto. É crime. A Lei Maria da Penha é um perigo. (Companhia das Letras, tradução de Gilda Stuart.)» Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Conversa na Catedral, de Mario Vargas Llosa - O percurso literário de Vargas Llosa é curioso. Começou como um autor inventivo, na linhagem de Faulkner, e se tornou, nos romances mais recentes, um escritor mais tradicional, tão límpido quanto, digamos, Flaubert. Tornou-se um grande narrador clássico, mais acessível. Seu romance mais experimental é “Conversa no Catedral”, no qual diálogos de personagens diferentes são misturados, numa bela orgia linguística. É como se o Nobel de Literatura nos dissesse que a Linguagem é uma personagem tão ou mais importante do que Santiago e Ambrosio. (Alfaguara, tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht.)»
Fonte: Revista Bula

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Poesia 1930-1962, de Carlos Drummond de Andrade - O poeta Carlos Drummond de Andrade talvez tenha apenas dois rivais em língua portuguesa — Camões e Fernando Pessoa. No Brasil, quem mais se aproximou, a uma distância de 10 mil quilômetros, foi João Cabral de Melo Neto. Ninguém mais. “Poesia 1930-1962 — Edição Crítica” contém o que há de melhor do escritor mineiro. É, digamos, sua bíblia. Aí está o Drummond, modernista total, de corpo e alma.»(...)
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust -Harold Bloom percebe Marcel Proust como o maior escritor francês, acima de Flaubert, o “santo” de devoção de Mario Vargas Llosa. Proust não sabia avaliar se “Em Busca do Tempo Perdido” era um romance, ou algo mais. Talvez seja muito mais do que um romance. Quiçá uma bíblia da civilização humana, mais do que da francesa. Ciúme, memória-tempo, amizade, sexualidade — eis alguns dos temas candentes do escritor. Duas editoras se encarregaram de traduzir a obra-prima, a Globo e a Ediouro. No time de tradutores da Globo estão Mario Quintana, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, entre outros. Fernando Py enfrentou solitariamente as centenas de páginas de um autor de prosa densa (quem só defende literatura concisa não sabe a delícia que é Proust). Mario Sergio Conti prepara a terceira tradução para a Companhia das Letras.»
Fonte: Revista Bula

LITERATURA RECOMENDADA

Para mim: «O Deserto dos Tártaros, de Dino Buzatti - O maior crítico brasileiro Antonio Candido aponta o romance do escritor italiano como um dos mais importantes da história da literatura. Fica-se com a impressão de que a história não anda, ou que anda para trás, ou melhor, que a personagem central, o tenente Giovanni Drogo, espera tanto que insinua-se paralisada, como se a história estivesse estancada. De permeio, a linguagem refinada de Dino Buzatti. (Editora Nova Fronteira, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero de Freitas Andrade.)»
Fonte: Revista Bula

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

OS SALTIMBANCOS

(...)«O musical foi inspirado no conto Os Músicos de Bremen recolhido pelos Irmãos Grimm e adaptado por Sergio Bardotti como uma alegoria política, na qual o Burro representaria a Intelligentsia; a galinha, a classe operária; o cachorro, os militares e a gata os artistas. O barão, inimigo dos animais, é a personificação da elite, ou dos "detentores do meio de produção".»(...)
Vídeo.
Fonte: Wikipedia

MÚSICOS DE BREMEN

(...) «Esta fábula tem um significado óbvio: os quatro animais representam as diferentes classes do povo; os seus donos os regentes feudais desse tempo. Bremen, uma cidade livre Hanseática onde não existia feudalismo, era o local natural para se viver sem amos.» (...)
Fonte: Wikipedia

GAITA-DE-FOLES

«Porto: Festival Internacional da gaita de foles em Abril
O I Festival Inter-Atlântico da gaita-de-foles pretende tornar o Porto uma “referência internacional” do instrumento, que “invadirá” a cidade de 16 a 20 de Abril. (...)»
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CITAÇÕES

«O que é preciso é criar desassossego. Quando começamos a criar alibís para justificar o nosso conformismo, entao está tudo lixado! (…) Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política. E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de “homenzinhos” e “mulherzinhas”. Temos é que ser gente, pá!» José Afonso.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

REVOLUCIÓN CUBANA

«Cincuenta y cinco años cumple la Revolución cubana. Como diría Eduardo Galeano: "Esta revolución, castigada, bloqueada, calumniada, ha hecho bastante menos que lo que quería pero ha hecho mucho más que lo que podía".»