«“Fez algumas coisas boas, mas destruiu a economia”. É este o tom de alguns comentários que podem ler-se um pouco por toda a parte a propósito do falecimento de Hugo Chávez. Como não gosto de falar de cór e guardo comigo algumas manias de velho repórter relativamente ao rigor informativo, sirvo-me da edição online do Expresso de hoje apenas para dar conta de alguns factos concretos sobre o que foram os 15 anos de “chavismo”. Vejamos:
O PIB per capita aumentou de 5.095 para 13.405 euros.
A dívida pública era de 56,4%, agora é 29%.
As exportações de petróleo subiram de 14 para 60 mil milhões de euros.
A taxa de desemprego caiu de 14,5 para 8,6 por cento.
A mortalidade infantil decresceu de 20 para 13 por mil nados vivos.
O índice de pobreza passou de 23,4 para 8,5 por cento e a taxa de analfabetismo desceu de 20 para 4 por cento.
Mesmo a ser verdade que a inflacção tenha passado de 23,6 para 31,6% e a criminalidade tenha aumentado (segundo esta fonte, os homicídios passaram de 25 para 45 por 100 mil habitantes), só o mais obtuso e preconceituoso sectarismo pode negar que a vida dos venezuelanos é, hoje, globalmente bastante melhor do que era antes de Chávez. De outro modo teria sido difícil alcançar o crescimento populacional verificado nestes 15 anos (de 23.870.000 para 29.287.000 habitantes) a que os progressos sociais que o novo sistema de saúde permitiu não são com certeza alheios.»
Por Viriato Teles
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