As vítimas mortais da radiação, infelizmente, não foram apenas aquelas que pereceram debaixo da crueldade dos EUA, quando bombardearam as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
A utilização da energia nuclear para fins civis é tanto - ou mais - perigosa que a sua utilização militar. Em março de 1979, o derretimento parcial de um reactor na central norte-americana de Three Mile Island libertou 481 PBq de gases radioactivos e 740 GBq do perigoso iodo-131. No dia 25 de abril de 1986, a explosão do reator 4 da central nuclear de Chernobil, na ex-União Soviética, provocou nuvens radioactivas que se precipitaram sobre o território soviético e a Europa Ocidental, obrigando à evacuação tardia das cidades e aldeias próximas - cujos habitantes ainda não foram autorizados a regressar. Cem mil quilómetros quadrados de terra foram contaminados por cinzas radioactivas.
E, em março de 2011, após um violento terramoto e tsunami, três dos seis reactores da central nuclear de Fukushima, no Japão, derreteram. As consequências foram terríveis: os terrenos até 50 quilómetros da central nuclear fotram contaminados com níveis elevados de césio radioactivo. Foi proibida a comercialização de alimentos produzidos na região. As medições de iodo-131 e de césio-137 indicaram que a libertação dos detritos radioactivos de Fukushima tiveram a mesma ordem de grandeza do desastre de Chernobil.
E estes são, apenas, os casos mais graves e que não foram abafados pelas autoridades políticas dos diferentes países. É urgente dizer NÃO ao Nuclear, seja para fins militares ou civis.
Quem quiser conhecer melhor os horríveis meandros, cumplicidades e incompetência relacionados com o acidente de Chernobil, pode ler este livro.
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