NOS 15 ANOS DO PARQUE DA LAVANDEIRA, APROVEITANDO PARA RECORDAR UMA DENÚNCIA À POLÍCIA JUDICIÁRIA
Fonte: https://bit.ly/2Q9iMW7
Amanhã, 20 de Agosto de 2020, completam-se 15 anos sobre a abertura do Parque da Lavandeira, um excelente espaço verde público do Município de Vila Nova de Gaia.
A propriedade havia sido adquirida pela Câmara em 31/07/1987, sendo Presidente o Coronel Mário Pinto Simões, com vista à construção de um equipamento desportivo, de que apenas o campo de futebol foi começado a construir; tudo se manteve ao abandono e a degradar-se durante duas décadas.
Em 2004, o então Presidente da Câmara, Dr. Luís Filipe Menezes, encarregou a Empresa Municipal Parque Biológico de Gaia de converter a parte do parque não destinada ao desporto, em espaço verde público; os trabalhos começaram em 20/09/2004 e 238 dias depois estavam vegetalizados, equipados a abertos ao público os seus 11 hectares.
Mas em 13/03/2009 sou chamado à Polícia Judiciária pois alguém apresentou uma queixa anónima dizendo que tínhamos feito o parque através de uma empreitada de 700 mil euros, sem concurso público.
Confrontado, pelo simpático Inspetor do PJ, com esta “acusação” apenas lhe garanti que não tinha havido nenhuma empreitada desse valor.
Regressado a casa, e pensando no assunto, descobri a origem da intriga e logo liguei ao Inspetor da PJ a dizer que “afinal isso dos 700 mil euros tem um fundo de verdade”.
Aquando da inauguração do Parque da Lavandeira, prezando o rigor e transparência, editamos e distribuímos um folheto (que em parte se anexa) com a história da Quinta da Lavandeira e alguns números, entre eles que o Parque tinha custado... 700 mil euros. Só que este valor não corresponde a nenhuma empreitada, mas sim ao somatório de várias aquisições de bens e serviços, dos custos suportados diretamente com técnicos e pessoal operário da empresa municipal e do valor das plantas dos viveiros municipais; era, portanto, uma estimativa de custo global, feita num excel, para que os Munícipes tivessem uma ideia do modo como se gastou uma parte dos seus impostos.
Não havia, pois, qualquer irregularidade naquela obra por administração direta, antes pelo contrário, foi unanimemente considerada muito barata, e lá foi arquivada a queixa, sem se poder agir contra o difamador, por ser anónimo (embora hoje tenha ideia de quem possa ter sido...).
Mas não foi a única “queixa” de que fui alvo (todas sem fundamento) ao longo da minha vida profissional; invejas e vinganças motivaram algumas outras queixas anónimas, notícias difamatórias, várias tentativas de suborno (*), ensaios de assassinatos de caráter (*) e, até, uma ameaça de morte. Atitudes que recordo com ironia, e que só classificam quem as praticou.
O que importa é que o Parque da Lavandeira continua, há 15 anos, a prestar um bom serviço aos gaienses e que, tanto quanto sei pela comunicação social, vai ser alargado, tendo a Câmara, agora presidida pelo Prof. Eduardo Vítor Rodrigues, adquirido recentemente a notável estufa neogótica de ferro fundido, existente em terrenos adjacentes ao Parque, e que foi construída em 1883 pelo Conde Silva Monteiro, iniciativa que felicito e que só lamento não ter podido concretizar no início do Parque, como se tentou.
(*) A este assunto voltarei oportunamente.
Vila Nova de Gaia, 20/08/2020
Nuno Gomes Oliveira
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