domingo, 11 de outubro de 2020

CHE

«Quatro anos após o início da desestalinização de Khrushchev, em novembro de 1960, Ernesto Che Guevara visitou Moscou, na União Soviética, como representante oficial do governo cubano. Contra o conselho do então embaixador cubano para evitar tal ação, Che insistiu em visitar e depositar flores no túmulo de Stalin na necrópole do Kremlin.

Guevara, rejeitou o discurso de Khrushchev em 1956, onde foi propagado os já desmentidos pela história, "crimes de Stalin", classificando-os como "propaganda imperialista".

Che tinha uma profunda admiração pelo líder soviético Joseph Stalin e sua enorme contribuição na construção do socialismo. Nas palavras de Che: "é preciso olhar para Stalin no contexto histórico em que ele se move [...] naquele contexto histórico específico". O contexto histórico e o ambiente social, econômico e político extremamente adverso e difícil em que Stalin liderou a União Soviética são abafados pelos defensores do antistalinismo (anticomunistas). Eles silenciam e deliberadamente ignoram o fato de que o processo de construção do socialismo na União Soviética estava ocorrendo dentro de um quadro de feroz luta de classes, com inúmeras ameaças - internas e externas (cerco imperialista) -, enquanto o enorme esforço de industrialização enfrentava reações e sabotagens extensas (o processo de coletivização, por exemplo, enfrentou a posição negativa dos Kulaks) - e que mesmo neste cenário saiu vitorioso na potencialização do poder soviético, e no promissor desenvolvimento humano, cientifico e tecnológico da URSS.

Joseph Stalin, como personalidade e líder, foi o produto da ação das massas dentro de um contexto histórico específico. E foi Stalin quem guiou o Partido Bolchevique e o povo soviético por 30 anos, com base na sólida herança ideológica de Lenin. Como verdadeiro comunista, um verdadeiro revolucionário - na teoria e na prática - Ernesto Che Guevara inevitavelmente reconheceria e apreciaria essa realidade histórica.» 

Paulo Oisiovici

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