Ernesto Guevara de la Serna “Che Guevara”
Nasceu a 14 de junho de 1928 e foi assassinado a 9 de outubro de 1967
«Eu... já não sou eu. Pelo menos, não sou o mesmo eu interior.»
Este episódio que vos conto passou-se a 14 de junho de 1952. Há precisamente 70 anos, no seu último dia na colónia de leprosos (San Pablo, Peru), coincidentemente no seu dia de aniversário, durante uma celebração que lhe prepararam, Ernesto Guevara (Che), expressou a sua gratidão pela forma como foi acolhido nesta instância.
Envolto por toda a sua recente vivência em vários países na América do Sul (1951/1952), neste dia de 14 de junho de 1952 não deixou de apelar, aos presentes, à unidade dos povos da América Latina. Embora fosse argentino, adquiriu uma preocupação com seus países vizinhos, e acreditava que a união destes era a fundamental para acabar com a pobreza existente, dizendo: (…) «acreditamos, e depois desta viagem com mais firmeza do que antes, que a divisão da América em nacionalidades incertas e ilusórias é completamente fictícia.Constituímos uma única raça mestiça que, do México ao Estreito de Magalhães, apresenta notáveis semelhanças etnográficas. Por isso, tentando livrar-me de qualquer fardo de provincianismo coercivo, brindo ao Peru e à América Unida.» (…)
Esta viagem foi uma jornada com diversos momentos e situações singulares, foi a tomada de consciência e um momento de crescimento muito importante para aquele que viria a tornar-se num revolucionário e símbolo da luta anti-imperialista. Não é por acaso, que mais tarde ele mesmo, o Che, afirma que a pessoa que está a polir a suas reflexões, já não é a mesma. (…) «este vaguear sem rumo pela nossa imensa América mudou-me mais do que pensei. Eu... já não sou eu. Pelo menos, não sou o mesmo eu interior.»
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