domingo, 20 de setembro de 2020

ASSEMBLEIA CONSTITUINTE 1976

 «(…) Manuel Gusmão (PCP): - riem-se mas eu vou explicar um pouco melhor: Assim como não condenamos a luta do povo cubano e de militantes revolucionários, voluntários, cubanos em Angola

Pedro Roseta (PPD): - Voluntários o quê?!

Jerónimos Sousa (PCP): - Cala-te ó facho! (…)» Assembleia Constituinte, 3 de Fevereiro de 1973


sábado, 12 de setembro de 2020

YO PISARÉ LAS CALLES NUEVAMENTE

 Yo pisaré las calles, nuevamente

De lo que fue Santiago ensangrentada

Y en una hermosa plaza liberada

Me detendré a llorar por los ausentes

HOMENAGEM AO POVO DO CHILE

HOMENAGEM AO POVO DO CHILE - 11 de Setembro de 1973

Por José Carlos Ary dos Santos


Foram não sei quantos mil

operários trabalhadores

mulheres ardinas pedreiros

jovens poetas cantores

camponeses e mineiros

foram não sei quantos mil

que tombaram pelo Chile

morrendo de corpo inteiro

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

ANTÓNIO ALEIXO

Fonte Wikipedia

Biografia

Considerado um dos poetas populares portugueses de maior relevo, afirmando-se pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos, António Aleixo também é recordado como homem simples, humilde e semi-analfabeto, e ainda assim ter deixado como legado uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX.

No emaranhado de uma vida cheia de pobreza, mudanças de emprego, emigração, tragédias familiares e doenças, na sua figura de homem humilde e simples houve o perfil de uma personalidade rica, vincada e conhecedora das diversas realidades da cultura e sociedade do seu tempo. Do seu percurso de vida fazem parte profissões como tecelão, polícia e servente de pedreiro, trabalho este que, como emigrante, exerceu em França.

De regresso ao seu Algarve natal, estabeleceu-se novamente em Loulé, onde passou a vender cautelas e a cantar as suas produções pelas feiras portuguesas, atividades que se juntaram às suas muitas profissões e que lhe renderia a alcunha de «poeta-cauteleiro».

Faleceu vítima de uma tuberculose, a 16 de novembro de 1949, doença que tempos antes havia também vitimado uma de suas filhas.


Estilo literário

Poeta possuidor de uma rara espontaneidade, de um apurado sentido filosófico e notável pela «capacidade de expressão sintética de conceitos com conteúdo de pensamento moral», António Aleixo tinha por motivos de inspiração desde as brincadeiras dirigidas aos amigos até à crítica sofrida das injustiças da vida. É notável em sua poesia a expressão concisa e original de uma "amarga filosofia, aprendida na escola impiedosa da vida".

A sua conhecida obra poética é uma parte mínima de um vasto repertório literário. O poeta, que escrevia sempre usando a métrica mais comum na língua portuguesa (heptassílabos, em pequenas composições de quatro versos, conhecidas como "quadras" ou "trovas"), nunca teve a preocupação de registar suas composições. Foi o trabalho de Joaquim de Magalhães, que se dedicou a compilar os versos que eram ditados pelo poeta no intuito de compor o primeiro volume de suas poesias (Quando Começo a Cantar), com o posterior registo do próprio poeta tendo o incentivo daquele mesmo professor, a obra de António Aleixo adquiriu algum trabalho documentado. Antes de Magalhães, contudo, alguns amigos do poeta lançaram folhetos avulsos com quadras por ele compostas, mais no intuito, à época, de angariar algum dinheiro que ajudasse o poeta na sua situação de miséria que com a intenção maior de permanência da obra na forma escrita.

Estudiosos de António Aleixo ainda conjugam esforços no sentido de reunir o seu espólio, que ainda se encontra fragmentado por vários pontos do Algarve, algum dele já localizado. Sabe-se também que vários cadernos seus de poesia, foram cremados como meio de defesa contra o vírus infeccioso da doença que o vitimou, sem dúvida, um «sacrifício» impensado, levado a cabo pelo desconhecimento de seus vizinhos. Foi esta uma perda irreparável de um património insubstituível no vasto mundo da literatura portuguesa.


A opinião pública e reconhecidos amigos

A partir da descoberta de Joaquim de Magalhães, o grande responsável por "passar a limpo" e registar a obra do poeta, António Aleixo passou a ser apreciado por inúmeras figuras da sociedade e do meio cultural algarvio. Também é digno de registo José Rosa Madeira, que o protegeu, divulgou e coleccionou os seus escritos, contribuindo no lançamento do primeiro livro, "Quando Começo a Cantar" (1943), editado pelo Círculo Cultural do Algarve.

A opinião pública aceitou a primeira obra de António Aleixo com bom agrado, tendo sido bem acolhida pela crítica. Com uma tiragem de cerca de 1.100 exemplares, o livro esgotou-se em poucos dias, o que proporcionou ao Poeta Aleixo uma pequena melhoria de vida, contudo ensombrada pela morte de uma filha sua, com tuberculose. Desta mesma doença viria o poeta a sofrer pelos tratamentos que a vida lhe foi impondo, tendo de ser internado no Hospital – Sanatório dos Covões, em Coimbra, a 28 de junho de 1943.

Em Coimbra começa uma nova era para o poeta que descobre novas amizades e deleita-se com novos admiradores, que reconhecem o seu talento, de destacar o Dr. Armando Gonçalves, o escritor Miguel Torga, e António Santos (Tóssan), artista plástico e autor da mais conhecida imagem do poeta algarvio, amigo do poeta que nunca o desamparou nas horas difíceis. Os seus últimos anos de vida foram passados, ora no sanatório em Coimbra, ora no Algarve, em Loulé.

A 27 de maio de 1944 recebeu o grau de Oficial da Ordem de Benemerência.[1]

ANTÓNIO ALEIXO

Vós que lá, do vosso império

Prometeis um mundo novo

Calai-vos que pode o povo

Querer um mundo novo, a sério!


Aquele que trabalha e come,

Não come o pão de ninguém.

Mas quem não trabalha e come,

Come sempre o pão de alguém!


Autor: António Aleixo (1899-1949)

Editado por: nicoladavid

FESTA DO AVANTE E ALEIXO

Tributo a António Aleixo: Kussondulola com Té Macedo, Prince Wadada e Kilandukilo

As palavras de António Aleixo vão ecoar bem alto na Festa do Avante! 2006. Tal como já tinha experimentado durante a sua participação no projecto Linha da Frente, Janelo da Costa volta a pegar no poeta popular algarvio para fazer das suas quadras o centro de um espectáculo multifacetado. Os ritmos do reggae dos Kussondulola – grupo que já este ano editou o sétimo álbum de originais, intitulado «Guerrilheiro» – mistura-se em palco com a voz e os sons marcantes de Prince Wadada, músico que absorvendo influências variadas as vai moldando de forma a manter o espírito da luta contra a intolerância, a violência, o oportunismo e o individualismo que caracterizam em boa parte a sua carreira.

JOGOS OLÍMPICOS 1988

Seul, Coreia do Sul

Ginástica Artística

Medalha de Ouro

URSS

Svetlana Baitova - Mahilyow, República Socialista Soviética da Bielorrússia - 3 de Setembro de 1972

Svetlana Boginskaya - Minsk, República Socialista Soviética da Bielorrússia - 9 de Fevereiro de 1973

Natalia Laschenova - Jelgava, República Socialista Soviética da Letónia - 16 de Setembro de 1973

Elena Shevchenko - Moscovo, República Socialista Soviética da Rússia - 7 de Outubro de 1971

Elena Shushunova - Leningrado, República Socialista Soviética da Rússia - 23 de Abril de 1969

Olga Strazheva - Zaporizhia, República Socialista Soviética da Ucrânia - 12 de Novembro de 1972 (*)

Por lesão não participou na totalidade das provas e na cerimónia de entrega de medalhas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

POESIA

 "Realizo-me no acto de pagar

as quotas do Partido.

Não tem nada de heróico.

Nada mais natural

como beijar o filho

na hora de deitar."

Hoje, 31 de Julho, faz 100 anos que nasceu Mário Castrim: jornalista, crítico, escritor, professor e militante comunista.