10 Poemas para Che Guevara - Eugénio de Andrade
Elegia das Águas Negras para Che Guevara
Atado ao silêncio, o coração ainda
pesado de amor, jazes de perfil,
escutando, por assim dizer, as águas
negras da nossa aflição.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
CHE GUEVARA
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CHE GUEVARA
10 Poemas para Che Guevara - Jorge de Sena
Poema na morte de Che Guevara
Neste vil mundo que nos coube em sorte
por culpa dos avós e de nós mesmos
tão ocupados em desculpas de salvá-lo,
há uma diferença de revoluções.
Poema na morte de Che Guevara
Neste vil mundo que nos coube em sorte
por culpa dos avós e de nós mesmos
tão ocupados em desculpas de salvá-lo,
há uma diferença de revoluções.
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10 Poemas para Che Guevara - Miguel Torga
Não choro, que não quero
Manchar de pranto
Um sudário de força combativa.
Reteso a dor, e canto
A tua morte viva.
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
DOMINGO SANGRENTO
Domingo Sangrento - Império Russo - São Petersburgo (Petrogrado) - 22 de Janeiro de 1905
22 de Janeiro de 1905: Domingo sangrento em São Petersburgo. Dois mil operários são massacrados pela Guarda do czar. O acontecimento conduziria à Revolução.
O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu em 22 de janeiro de 1905 na cidade de São Petersburgo, no Império Russo, onde manifestantes marcharam pacificamente até ao Palácio de Inverno para apresentar uma petição ao czar, mas foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov da Okhrana, a polícia secreta czarista, para destruir organizações de trabalhadores. Os grupos envolvidos nesse conflito foram a população no geral, os partidos e os movimentos revolucionários tiveram também seu inicio após esse domingo sangrento.
22 de Janeiro de 1905: Domingo sangrento em São Petersburgo. Dois mil operários são massacrados pela Guarda do czar. O acontecimento conduziria à Revolução.
O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu em 22 de janeiro de 1905 na cidade de São Petersburgo, no Império Russo, onde manifestantes marcharam pacificamente até ao Palácio de Inverno para apresentar uma petição ao czar, mas foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov da Okhrana, a polícia secreta czarista, para destruir organizações de trabalhadores. Os grupos envolvidos nesse conflito foram a população no geral, os partidos e os movimentos revolucionários tiveram também seu inicio após esse domingo sangrento.
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
E SE ISABEL DOS SANTOS FOSSE INGLESA?
Ainda hoje sou um fascinado pelo circo. Desde o tempo dos Cardinali, dos Luftman que gosto de palhaços e de ilusionistas. Rio-me sempre das velhas piadas dos palhaços, dos estalos fingidos com um bater de palmas e sempre quis perceber os truques. Conheço o princípio do ilusionismo: fazer o espetador olhar para o dedo enquanto o ilusionista esconde ou faz aparecer o coelho, mas agora esforço-me para ver para além da ponta do dedo. Sintoma de velhice. Continuam, no entanto, a fascinar-me os crentes e os ilusionistas que os levam à certa.
domingo, 5 de janeiro de 2020
CONTOS EXEMPLARES
“Contos Exemplares” de Sophia de Mello Breyner Andresen
Fonte: Revista Caliban
1ª Parte
A publicação de hoje tem uma dupla intenção.
Emprimeiro lugar, efectuar uma abordagem linguística, em termos comparativos, aos textos correspondentes à terceira edição de Contos Exemplares de 1970 pela Portugália Editora (a qual inclui, pela primeira vez, o conto “Os Três Reis do Oriente”), prefaciada pelo Bispo do Porto, Dom António Ferreira Gomes; e a edição de 2014, publicada pela Assírio & Alvim, reimpressa em 2015, com prefácio de Federico Bertolazzi.
Fonte: Revista Caliban
1ª Parte
A publicação de hoje tem uma dupla intenção.
Emprimeiro lugar, efectuar uma abordagem linguística, em termos comparativos, aos textos correspondentes à terceira edição de Contos Exemplares de 1970 pela Portugália Editora (a qual inclui, pela primeira vez, o conto “Os Três Reis do Oriente”), prefaciada pelo Bispo do Porto, Dom António Ferreira Gomes; e a edição de 2014, publicada pela Assírio & Alvim, reimpressa em 2015, com prefácio de Federico Bertolazzi.
PINTURA
Adoração dos Magos
https://luisbarreira.net/art/textos/1828/adoracao-dos-magos
Domingos Sequeira, A Adoração dos Magos, 1828
Créditos: Museu Nacional de Arte Antiga
Este magnífico quadro, A Adoração dos Magos, 1828, comprado recentemente pelo Museu Nacional de arte Antiga, em crowdfunding[1], foi pintado por Domingos Sequeira no exílio em Roma em 1828. Domingos Sequeira já havia estado em Roma, na Academia Portuguesa, com uma bolsa de estudo dada por D. Maria I, onde permaneceu desde 1788 até 1795, recebendo aulas de desenho e pintura por parte do mestre António Cavallucci. Reconhecida a sua obra pictórica por parte do poder político e religioso, o seu fervor Liberal levá-lo-á ao exílio em 1823. Impedido de regressar a Portugal, após a revolta da Vila-Francada[2] (27 de Maio de 1823) pondo termo ao “movimento vintista”, Domingos Sequeira acabou por se fixar em Roma (1826) realizando, por ventura, as suas três melhores obras pictóricas: A Adoração dos Magos, 1828; Vida de Cristo, 1828 e Juízo Final, 1830. Aos 69 anos morreu naquela cidade, sem nunca ter regressado a Portugal, encontrando-se sepultado na Igreja de Santo António dos Portugueses (Roma).
A Adoração dos Magos, uma das obras mais representativa do romantismo português é, sem dúvida, uma pintura singular. A minúcia do tratamento plástico das figuras deixando antever ainda um formalismo neoclássico, é contraposto por uma pintura onde as personagens se diluem na paisagem fazendo parte dela. Valorizada por uma estética poética e romântica, verificável no numeroso séquito, que assiste ao momento em que os reis Magos obsequiam o menino Jesus, a pintura de Domingos Sequeira ganha outra dimensão plástica. Toda a cena é composta por personagens saídas de contos das mil e uma noites — em voga e muito querido exotismo otomano por parte dos românticos —, fazendo-se transportar por camelos, por elefantes, alguns a pé empunhando uma sombrinha chinesa, outros trajando com os mais belos tecidos, diluindo-se na paisagem. A universalidade do acontecimento alcança uma outra leitura reforçada pelo desenho e pela plasticidade encontrada. Envolta numa atmosfera dramaticamente pintada (ao jeito de Turner), o céu adquire uma dimensão apologética da luz vinda do astro rei. A luz divina que é projectada dá enlevo à presença dos Reis Magos conseguindo, assim, uma ideia de “transcendência” em sintonia com o tema bíblico concentrando o olhar do observador no essencial: o nascimento de Jesus.
Fonte: Luís Barreira
https://luisbarreira.net/art/textos/1828/adoracao-dos-magos
Domingos Sequeira, A Adoração dos Magos, 1828
Créditos: Museu Nacional de Arte Antiga
Este magnífico quadro, A Adoração dos Magos, 1828, comprado recentemente pelo Museu Nacional de arte Antiga, em crowdfunding[1], foi pintado por Domingos Sequeira no exílio em Roma em 1828. Domingos Sequeira já havia estado em Roma, na Academia Portuguesa, com uma bolsa de estudo dada por D. Maria I, onde permaneceu desde 1788 até 1795, recebendo aulas de desenho e pintura por parte do mestre António Cavallucci. Reconhecida a sua obra pictórica por parte do poder político e religioso, o seu fervor Liberal levá-lo-á ao exílio em 1823. Impedido de regressar a Portugal, após a revolta da Vila-Francada[2] (27 de Maio de 1823) pondo termo ao “movimento vintista”, Domingos Sequeira acabou por se fixar em Roma (1826) realizando, por ventura, as suas três melhores obras pictóricas: A Adoração dos Magos, 1828; Vida de Cristo, 1828 e Juízo Final, 1830. Aos 69 anos morreu naquela cidade, sem nunca ter regressado a Portugal, encontrando-se sepultado na Igreja de Santo António dos Portugueses (Roma).
A Adoração dos Magos, uma das obras mais representativa do romantismo português é, sem dúvida, uma pintura singular. A minúcia do tratamento plástico das figuras deixando antever ainda um formalismo neoclássico, é contraposto por uma pintura onde as personagens se diluem na paisagem fazendo parte dela. Valorizada por uma estética poética e romântica, verificável no numeroso séquito, que assiste ao momento em que os reis Magos obsequiam o menino Jesus, a pintura de Domingos Sequeira ganha outra dimensão plástica. Toda a cena é composta por personagens saídas de contos das mil e uma noites — em voga e muito querido exotismo otomano por parte dos românticos —, fazendo-se transportar por camelos, por elefantes, alguns a pé empunhando uma sombrinha chinesa, outros trajando com os mais belos tecidos, diluindo-se na paisagem. A universalidade do acontecimento alcança uma outra leitura reforçada pelo desenho e pela plasticidade encontrada. Envolta numa atmosfera dramaticamente pintada (ao jeito de Turner), o céu adquire uma dimensão apologética da luz vinda do astro rei. A luz divina que é projectada dá enlevo à presença dos Reis Magos conseguindo, assim, uma ideia de “transcendência” em sintonia com o tema bíblico concentrando o olhar do observador no essencial: o nascimento de Jesus.
Fonte: Luís Barreira
OS TRÊS REIS DO ORIENTE
Os Três Reis do Oriente - Sophia de Mello Breyner Andresen
Baltasar
III
O rei Baltasar amava a frescura dos jardins e sorria ao ver na água clara dos tanques o reflexo da sua cara cor de ébano.
E amava a alegria, o rumor e a abundância dos banquetes, e muitas vezes as suas festas duravam até ao romper do dia.
Porém, certa madrugada, depois de se terem retirado todos os convivas, o rei ficou na grande sala, sozinho com um jovem escravo que tocava flauta.
Baltasar
III
O rei Baltasar amava a frescura dos jardins e sorria ao ver na água clara dos tanques o reflexo da sua cara cor de ébano.
E amava a alegria, o rumor e a abundância dos banquetes, e muitas vezes as suas festas duravam até ao romper do dia.
Porém, certa madrugada, depois de se terem retirado todos os convivas, o rei ficou na grande sala, sozinho com um jovem escravo que tocava flauta.
OS TRÊS REIS DO ORIENTE
Os Três Reis do Oriente - Sophia de Mello Breyner Andresen
Melchior
II
A placa de barro tinha passado de geração em geração, de idade em idade, de mão em mão. Nela estava escrito que ao mundo seria enviado um redentor e que uma estrela se ergueria no Oriente para guiar aqueles que buscavam o seu reino.
Melchior
II
A placa de barro tinha passado de geração em geração, de idade em idade, de mão em mão. Nela estava escrito que ao mundo seria enviado um redentor e que uma estrela se ergueria no Oriente para guiar aqueles que buscavam o seu reino.
OS TRÊS REIS DO ORIENTE
Os Três Reis do Oriente - Sophia de Mello Breyner Andresen
Fonte: Jardim das Delícias
Nos próximos três dias publicar-se-á, a esta hora, dividido em três capítulos, um dos mais belos contos da tradição cristã do Natal da literatura portuguesa - Os Três Reis do Oriente de Sophia de Mello Breyner Andresen. Reza a história da adoração dos Reis Magos que Gaspar era indiano, Melchior persa e Baltasar árabe. Daí a natureza da música que acompanha cada uma das partes deste conto de Sophia.
Fonte: Jardim das Delícias
Nos próximos três dias publicar-se-á, a esta hora, dividido em três capítulos, um dos mais belos contos da tradição cristã do Natal da literatura portuguesa - Os Três Reis do Oriente de Sophia de Mello Breyner Andresen. Reza a história da adoração dos Reis Magos que Gaspar era indiano, Melchior persa e Baltasar árabe. Daí a natureza da música que acompanha cada uma das partes deste conto de Sophia.
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