domingo, 7 de junho de 2015

GADDAFI

«"Muammar el Gaddafi, o lider da revolução libia, ASSASSINADO pelo imperialismo!

Muammar el Gaddafi nasceu no deserto, perto da cidade de Sirte, na Líbia a 7 de junho de 1942 e foi assassinado pelo imperialismo e pela NATO a 20 de outubro de 2011, quando abandonava Sirte, após uma ofensiva dos fantoches do CNT apoiados e financiados pelo imperialismo e pela Nato. Gaddafi foi um militar e político libio, líder de facto do seu país desde 1 de setembro de 1969. Ainda que oficialmente não tenha ocupado nenhum cargo público, foi-lhe atribuído o título honorífico de «Lider da Revolução» ou «Irmão, Líder e Guia da Revolução".

A sua família pertencia a um grupo de beduínos (los Qaddafa, do qual tem origem o apelido Qaddafi ou Gaddafi) dedicados à pastorícia de camelos.

Na sua adolescência frequentou uma escola muçulmana onde teve contacto com as ideias de Gamal Abdel Nasser, dirigente máximo da revolução árabe nacionalista no Egipto.

Aos 21 anos licenciou-se em direito. Inspirado no nacionalismo árabe de Nasser, matriculou-se numa Academia Militar. A ideologia nacionalista e um intenso ódio a Israel, formaram Gadafi como um militar com ideias revolucionárias. Graduou-se como cadete em 1967. Quando estudava na Academia, começou a forjar o seu primeiro plano para derrubar a monarquia.

A 1 de setembro de 1969, com menos de trinta anos de idade, o então coronel Gaddafi iniciou em Sebba uma insurreição que derrota a monarquia do rei Idris, que se encontrava na Turquia.

Instaurou-se um Conselho da Revolução, que declarou o país muçulmano, nasserista e socialista. Foi proclamada a República.

A Revolução Verde, como foi conhecido o movimento, empreendeu uma reforma agrária, sistema de segurança social, assistência médica gratuita e participação dos trabalhadores nos lucros das empresas do Estado. A Líbia com Gaddafi converteu-se no país africano com maior receitas per capita.

Em dezembro de 1969, Gaddafi, como líder da Revolução Líbia, assinou com Nasser e Numeiry a Carta de Tripoli, onde se abordavam aspectos da cooperação política e económica.

Em 1970 exigiu e conseguiu que se retirassem as bases estrangeiras e se nacionalizassem algumas empresas petrolíferas.

Iniciaram-se os planos agrícolas na costa do país. Foi proibido o consumo de álcool a qualquer pessoa dentro de território líbio e decidiu aumentar decididamente a igualdade da mulher na sociedade, desafiando o Islão tradicional.

O nível de vida da população cresceu rápidamente com os lucros do petróleo, convertendo a Libia na nação africana com maior PIB.

Os constantes investimentos do Estado na saúde (o sistema público de saúde oferecia uma cobertura universal e gratuita), educação, habitações e recursos hídricos, assim como os preços subsidiados dos alimentos básicos, permitiram melhorar drasticamente índices como a alfabetização (64% da população em 1990 e 87% em 2010), a esperança de vida (67 anos em 1990 e 77 anos duas décadas depois) e a taxa de mortalidade infantil (64% e 20% respectivamente).

Desde a década de setenta, a Líbia teve grandes avanços na redução da incidência e erradicação de doenças infecciosas e os casos de pobreza extrema chegaram a ser raros.

Passados 40 anos desde a subida de Gaddafi ao poder, praticamente 100% da população urbana e a maioria da rural, tinham acesso a serviços de saneamento e água potável de óptima qualidade nos seus lugares, um verdadeiro luxo num país perpétuamente árido.

Em 1970, após grandes manifestações, conseguiu a evacuação das tropas britânicas que estavam na Líbia e o abandono por parte dos Estados Unidos de uma grande base aérea perto da capital Tripoli. A base foi entregue posteriormente a instrutores militares egípcios, país aliado a Líbia.

Nesse mesmo ano varias companhias petrolíferas ocidentais e sociedades bancárias com participação de capitais estrangeiros foram nacionalizadas pelo seu governo.

Na área da agropecuária todos os bens italianos foram confiscados, os colonos e os seus descendentes expulsos da Líbia.

Gaddafi sempre foi um fervoroso admirador da causa Palestina, que sempre apoiou na sua luta contra o governo de Israel.

Estava identificado com o socialismo na URSS e rapidamente o apoio desta.

Fiel às suas ideias apoiou a guerra do Chade contra o imperialismo francês.

Os Estados Unidos decidiram intervir e tentar eliminar fisicamente Gaddafi.

Uma operação, que recebeu o nome chave de “El Cañón Dorado”, foi levada a cabo para atacar a Líbia. Em março de 1986, aviões procedentes de um porta-aviones no Golfo de Sirte, dentro das águas territoriais da Líbia, atacaram unidades navais líbias.

Posteriormente, como represália da explosão de uma bomba numa discoteca em Berlim a 5 de abril, que provocou a morte de dois militares norte-americanos (acção supostamente organizada pelo governo líbio – versão USA), um brutal bombardeamento foi levado a cabo sobre Tripoli a 15 de abril, que custou a vida a umas 40 pessoas, 15 delas civis, entre elas Jana, uma filha adoptiva de líder líbio. Outros dois filhos de Gaddafi ficaram feridos.

A 21 de dezembro de 1988, um Boeing 747 da companhia Pan Am, que voava de Londres para Nova York desintegrou-se em pleno voo pelo rebentamento de uma bomba e a tragédia custou 270 vidas de 21 países. Dois agentes da inteligência Líbia foram acusados pelos ianques, assim como por factos semelhantes sofridos por um avião de uma companhia francesa na rota Brazzaville-N’Djamena-Paris.

Ante a negativa de Gaddafi para extraditar os supostos responsáveis a ONU, pressionada pelos Estados Unidos e seus aliados, impôs à Líbia fortes sanções, que começaram a superar-se quando Gaddafi aceitou submeter a julgamento, com determinadas condições, os dois acusados pelo avião norte-americano que explodiu sobre a Escócia.

Gradualmente foram sendo limadas algumas “asperezas” do governo líbio, correspondendo a cedências que se vieram a confirmar “graves” e, em julho de 1999, Londres reinicia relações diplomáticas plenas com a Líbia e Gaddafi.

Empresas petrolíferas retomam negócios na Líbia, enquanto Gaddafi assina em 2007 contratos milionários com França e outros importantes países da Nato.
Estava cercado!

Nos finais de fevereiro de 2011 a situação política na Líbia deteriorou-se rapidamente.
Sucederam-se numerosas manifestações contra o Coronel Gadafi por todo o país, incentivadas pelos governos do Ocidente.

Vários funcionários de alto nível decidiram omitir a autoridade do governo e juntar-se à insurreição. Os insurgentes anunciaram a formação de um governo paralelo em Bengasi, sob o nome de Conselho Nacional de Transição.

A 17 de março, os “novos amigos” de Gaddafi pressionam o Conselho de Segurança da ONU a aprovar a Resolução 1973 de 2011, na qual dizia:
"grave preocupação pela deterioração da situação, a escalada da violência e o elevado número de vítimas civis,"

E decidia:
"estabelecer uma proibição de todos os voos no espaço aéreo da Jamahiriya Árabe Libia a fim de ajudar a proteger os civis".

Ante esta situação o governo de Gaddafi decretou una trégua unilateral, mas a 19 de março aviões franceses (a quem Gaddafi tinha feito cedências como “novos amigos”) atacaram uma coluna de blindados do governo nos arredores de Bengasi.

Foi o começo de uma agressão em grande escala por parte da Nato, que incluiu o uso de misseis tomahawk, modernos aviões de combate e drones, contra objectivos militares e civis do território controlado por as forças leais a Gaddafi.

Devido ao fracasso e à impossibilidade dos terroristas derrotarem o exército líbio, a Nato interveio atacando fortemente Gadafi e a sua família.

O complexo residencial do líder líbio foi bombardeado pela Nato e numa incursão à casa de um dos seus filhos - a 30 de abril – anunciaram a sua morte e de 3 dos seus netos menores de idade.

A 7 de maio de 2011 mais de 50 projecteis foram lançados pela Nato sobre o complexo do palácio de Muammar el-Gaddafi no bairro de Bab el Aziza em Trípoli.

A familia de Muammar el-Gaddafi apresentou nesse mesmo dia uma denuncia em França pelo assassinato de quatro de seus membros num bombardeamento da Nato em Tripoli, nos finais de abril de 2011.

A 13 de junho Gaddafi reapareceu na televisão estatal líbia acompanhado do seu filho, jogando uma partida de xadrez com Kirsan Ilyumzhinov, presidente da Federação Mundial de Xadrez, que visitava a Líbia por iniciativa própria.

Os rebeldes atacavam de madrugada nos arredores da cidade, coordenados com os ataques da Nato.

A 1 de setembro o coronel Gaddafi dirigiu-se à nação libia numa mensagem de rádio. Chamava os seus seguidores a continuarem a resistir contra os rebeldes e à Nato.

"Não nos vamos entregar, não somos tontos nem cobardes, somos um povo livre, vamos sacrificarmo-nos, vamos convertermo-nos em mártires (...)".

A 20 de outubro de 2011, Gaddaffi, ao abandonar Sirte, após uma ofensiva das forças do CNT apoiadas pela Nato, foi ferido por um bombardeamento. Capturado pelos rebeldes do CNT foi assassinado e o seu cadáver levado para Misrata, onde foi exibido publicamente numa câmara refrigerada, junto ao de seu filho Mutassim Gaddafi e o chefe das forças armadas Abu Bakr Younu Jabr, para finalmente ser sepultado numa campa anónima no deserto.

Várias personalidades a nível internacional levantaram as suas vozes em protesto do que consideraram um magnicídio.

Gaddafi não foi capturado, foi morto, foi ASSASSINADO!

A Líbia hoje é um CAOS, pilhada de todas as maneiras e feitios!»

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