quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

RESÍDUOS

O PS acusou esta quinta-feira o Governo de demonstrar "fúria privatizadora" e de "desmantelar" o grupo Águas de Portugal, considerando que o processo de alienação da Empresa Geral do Fomento (EGF) não defende o interesse público.

Esta posição foi assumida pelo deputado socialista Pedro Farmhouse no Parlamento, após o Conselho de Ministros ter anunciado que o consórcio SUMA, liderado pela Mota-Engil, venceu o concurso para a privatização de 95 por cento do capital da EGF, a sub-holding do grupo Águas de Portugal.

"O Governo deu hoje mais um passo na sua fúria das privatizações. A preocupação do Governo não foi a garantia do interesse público ou dos consumidores, mas acima de tudo privatizar uma empresa que era lucrativa, que faz parte do grupo Águas de Portugal e que é parceira de 174 municípios", declarou Pedro Farmhouse.

O deputado referiu que o PS "lamenta a decisão do Conselho de Ministros, que é contrária à maioria dos municípios, que são parceiros e fornecedores de uma empresa que trata os resíduos de mais de 60 por cento da população".

"Mais do que a liquidação da EGF, estamos perante o início do desmantelamento do grupo Águas de Portugal. Isto é mau sinal para o futuro dos resíduos e sobre a qualidade da água em Portugal. O PS tem sempre condenado este comportamento do Governo", sustentou o deputado socialista, acrescentando ainda que o processo de privatização "foi feito à pressa".

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