«Na Rua António Maria
Na Rua António Maria 
da primaz instituição 
vive a maior confraria 
desta válida nação
E muita matula brava 
ainda teimava 
que havia de vir 
um dia assim de repente 
para toda a gente 
voltar a sorrir
Mas eles Conceição vão 
lamber as botas 
comer à mão 
dum novo Pina Manique 
com outra lábia 
com outro tique
Tem quatro letras pequenas 
Mas outro nome não dão 
Nesta fortaleza antiga 
Só não muda a guarniç:ão
E muita matula ufana 
cuidando que a mana 
morrera de vez 
deu graças 
à D. Urraca 
ao som da ressaca 
que o pagode fez
Mas eles Conceição vão 
lamber as botas 
comer à mão 
dum novo Pina Manique 
com outra lábia 
com outro tique 
Na Rua António Maria 
convenha a todos saber 
a patriótica espia 
sabe bem onde morder 
vela p´la nossa morada 
no vão de uma escada
Sem se anunciar 
e oferece a quem bem destina 
um quarto de esquina 
com vistas pró mar
Mas eles Conceição vão 
lamber as botas 
comer à mão 
dum novo Pina Manique 
com outra lábia 
com outro tique
Aldeia da roupa branca 
suja de já não corar 
O Zé Povo foi pra França 
não se cansa de esperar
O capataz da fazenda 
pôs a quinta à venda 
para quem mais der 
e os donos marcaram tentos 
com novos intentos 
doa a quem doer
Mas eles Conceição vão 
lamber as botas 
comer à mão 
dum novo Pina Manique 
com outra lábia 
com outro tique»
 
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