domingo, 18 de setembro de 2022

AGOSTINHO NETO

Fonte: Museu do Aljube Resistência e Liberdade

Agostinho Neto nasceu #nestedia 17 de setembro de 1922, em Kaxicane, Angola.

Desde cedo anticolonialista, participou na Casa dos Estudantes do Império, no MUD Juvenil e na criação do Centro de Estudos Africanos, com Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade, Marcelino dos Santos e Francisco José Tenreiro.

Fundou o Movimento Anticolonial e assumiu a chefia do Movimento de Libertação Popular de Angola (MPLA).

Preso várias vezes, a primeira das quais a 23 de março de 1952 quando recolhia assinaturas para o “Apelo do Conselho Mundial da Paz para um pacto de paz entre as cinco grandes potências”, e daria entrada, pela primeira vez, na Prisão do Aljube. Após três dias de incomunicabilidade seguirá para a Prisão de Caxias onde permaneceria três meses. Era o início de um périplo ao longo da década seguinte pelos cárceres da ditadura.

Em agosto de 1960, vindo da delegação de Luanda, dava de novo entrada no Aljube, “por atividades contra a segurança do Estado”. Restituído à liberdade em outubro de 1960, é deportado para Cabo Verde, onde lhe fora fixada residência. Em outubro de 1961, com o conflito colonial já em curso, segue para Lisboa e entrará, pela última vez, no Aljube de onde sai em liberdade em março de 1962, quando eram crescentes as pressões internacionais para a sua libertação, nomeadamente por parte da recém-criada Amnistia Internacional.

Permanecendo em regime de residência fixa em Lisboa, prepara a saída de Portugal com o apoio do Partido Comunista Português (PCP) que incumbiu Jaime Serra de organizar a operação de fuga clandestina, que incluía também o nacionalista guineense Vasco Cabral.

A fuga realiza-se em finais de junho num pequeno iate de recreio, onde seguia também a mulher de Agostinho Neto, Maria Eugénia, e os dois filhos de ambos, que zarpando da Doca do Bom Sucesso em Pedrouços chegaria nos primeiros dias de julho a Marrocos, de onde Agostinho Neto partirá para Léopoldville/Kinshasa para, no seio Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), dar continuidade à luta contra o colonialismo português pela independência de Angola.

Foi o primeiro presidente da Angola independente, após anos de guerra civil. Faleceu em 1979.


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