domingo, 26 de agosto de 2018

HISTORIANDO II

ALGUMAS NOTAS E FERRAMENTA GLORIOSA (quem sabe o que é?)
Por Guilherme Antunes

Há alemães para todos os gostos. Konrad Heiden é o conhecido biógrafo do bandalho nazi chamado Adolfo. Desde muito apreciado pelo austríaco, no inicio da “carreira” deste, até ter de fugir a 7 pés para os EUA (para onde mais?).
Escreveu o “Líder” e aí conta que em 1930, num grupo das suas sumptuosas tertúlias, Hitler surpreendeu a augusta plateia afirmando: «Eu aprendi muito com esta obra, e vocês também podem aprender». A obra que tinha entusiasmado o baixote, quase germânico, era nem mais nem menos, “A Minha Vida” do menchevique Trotsky.

Mais tarde, sobre Espanha, este traidor havia de glorificar os feitos(?) de Andreu (ou Andrés) Nin, esse impoluto taralhoco que frequentou a guerra civil.

Trostky foi sempre um canalha oportunista, um burguês infiltrado no lado consequente da história da Humanidade. Jamais se comportou como um bolchevique. Tudo traiu, a todos se vendeu, o seu visionarismo era o poder unipessoal e a possibilidade de uma vida fausta que uma Revolução socialista não podia presentear. Ouçamo-lo…

«Dentro do Partido, Stalin colocou-se si mesmo acima de toda a crítica e do próprio Estado. É impossível removê-lo, excepto através do assassinato. Cada oposicionista torna-se, ipso-facto, um terrorista.»
- Apontamentos da entrevista no jornal New York Evening, de William Randolph Heart, 26 de Janeiro de 1937. Ou este naco admirável…

De que se terá queixado, portanto, em 1940, com aquela dor de cabeça? Mas continuemos a citar (…de longe):

«A derrota da União Soviética é inevitável no caso de uma nova guerra não provocar uma nova revolução... Se nós admitirmos teoricamente que pode haver uma guerra sem uma revolução, então a derrota da União Soviética é inevitável.»
- Testemunho publicado em “Discursos no México”, Abril de 1937.

Qualquer coisa fosse feita menos uma Revolução, é que com ela a vitória da URSS era inevitável…para ele.

Detenhamo-nos por ora, brevemente, em Nikolai Krestinsky, que foi braço-direito do crápula com nome de leão mas com vida de hiena:

«No início de 1923 até ao ano de 1930, nós recebemos anualmente o valor de 250.000 marcos alemães em ouro, aproximadamente 2.000.000 de marcos de ouro. Até ao fim de 1927, as estipulações desse acordo foram executadas principalmente em Moscovo. Depois disso, de 1927 até quase ao fim de 1928, no decurso de quase 10 meses, havia uma interrupção no pagamento, já que o trotskismo havia sido esmagado. Eu estava isolado, e eu não sabia dos planos de Trotsky. Não recebia informação ou instruções dele. As coisas ficaram assim até Outubro de 1928, quando recebi uma carta de Trotsky, que, naquele tempo, estava exilado em Alma Ata. Essa carta continha instruções de Trotsky, informando-me de que eu deveria receber dinheiro dos alemães, dinheiro esse que deveria ser enviado para Maslow ou para os amigos de Trotsky em França, como Roemer, Madeline Paz e outros. Eu mantive contacto com o general Seeckt. Naquela época, ele havia resignado e não ocupava posto algum. Voluntariou-se para conversar com Hammerstein para obter o dinheiro. O que foi conseguido. Hammerstein era, naquele tempo, chefe de equipa do Reichswehr, e em 1930 tornou-se comandante-em-chefe do Reichswehr.»

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