PADRE MAX

 «Contra o esquecimento, com comentários do ex-dirigente da UDP Luís Fazenda, do bispo D. Januário Torgal Ferreira, e do historiador Manuel Loff. De acordo com a sentença de tribunal proferida em 1999, o atentado de 1976 foi financiado e planeado pelo grupo extremista de direita MDLP. É desta organização terrorista de natureza anti-democrática que vem Diogo Pacheco de Amorim, vice-presidente e ideólogo do Chega.» Sérgio Dias Branco

«Vale a pena ouvir! Foram acontecimentos que não podemos esquecer e que, se pouco atentos, corremos o risco de  ver repetirem-se. 🙁  O pároco e uma aluna morreram, em 1976, em Vila Real, num ataque à bomba, atribuído à extrema-direita.

São menos de 3 minutos de testemunhos de um período a que o Chega, o Ventura e um implicado nos querem fazer regressar... 

O mandante terá sido o Cónego Melo (Braga, 1927 - Santuário de Fátima, 2008), que foi Deão do Cabido da Sé de Braga e Vigário-geral da Arquidiocese de Braga, Era um activista anti-comunista e foi acusado de terrorismo ligado à extrema-direita e de envolvimento na morte do padre Max e de Maria de Lurdes, vítimas deste atentado bombista. Tem uma estátua em Braga!» Helena Pato

«Na época houve uma enorme violência praticada por elementos da extrema direita contra comunistas. À época vivíamos em Bragança onde o meu pai era médico cirurgião no hospital da cidade. Fomos ameaçados inúmeras vezes, houve uma manifestação popular na praça da Sé contra o meu pai, pelo facto de ser comunista....e à qual ele compareceu numa clara demonstração de coragem! Foi insultado e agredido....acabando por fugir. Passado uns dias entrou hospital a dentro um grupo de jovens armados para o levar, mas com o aviso de 1 enfermeiro também comunista consegui fugiu pelas traseiras e esteve “ a monte” umas semanas. A minha mãe sozinha com 2 crianças e um bebé em casa foi ameaçada, levando a sério a última: a ida lá a casa de um jovem vestido de militar que lhe deu 24 horas para sair, caso contrário a casa seria incendiada com todos lá dentro. Depressa se pôs em fuga com 3 filhos (um muito doente que acabaria por falecer pouco tempo depois).... viemos para Vila Real para casa do meu avô Otilio, que nos acolheu de madrugada. A obsessão pela vingança e violência praticada por estes grupos de extrema direita era tal que dali a 6 meses vieram atrás do meu pai para Vila Real, e numa noite de inverno chuvoso bateu à porta de nossa casa um homem com cerca de 40 anos que pediu ajuda ao meu pai para ir tratar a avó muito doente numa aldeia nas imediações da cidade. A minha mãe veio à porta e reconheceu dentro do carro o jovem que tinha feito a ameaça presencial de incendiar a casa em Bragança e fez sinal ao meu pai, que se apressou a dizer ao homem que escrevesse a morada da casa e que ele demoraria meia hora a ir lá ter. Trancou-se em casa e Esteve de vigia armado essa noite e todas as que se seguiram para nos proteger! Tempos que não se esquecem, não podemos esquecer, e temos que contar as vezes necessárias para os jovens entenderem que FASCISMO NUNCA MAIS!» Mónica Figueiredo

https://www.rtp.pt/noticias/pais/carta-aberta-com-mais-de-300-assinaturas-em-tributo-a-padre-max_v1309327