Arte Xávega
«O termo “xávega” deriva do árabe xabaka que significa “rede”; é usado quer para definir “rede para pesca de arrasto” como o próprio “barco”. O conceito subjacente a “Arte Xávega” é usado para caracterizar o trabalho de pesca costeira tradicional e artesanal de cerco de arrasto que remonta ao século XIX.
Recorrendo a um barco a remos de madeira, grupos de pescadores (denominado por “Companha”), enfrentam a rebentação das ondas para lançar as redes que estarão no mar durante duas horas. Findo este tempo, inicia-se o processo de arrasto das redes até à costa e a ajuda de bois.
Apesar de esta forma de pesca estar em vias de extinção, esta ainda é visível – tornando-se, inclusive, pólo de atracção turística - ao longo da praia da Vagueira embora, actualmente, alguns dos pescadores utilizem mecanismos modernos de modo a facilitar a faina, como por exemplo, a colocação de motores nas embarcações e a utilização de tractores para arrastar as redes para a costa. Homens e mulheres colaboram na azáfama da recolha e separação do peixe o qual é encaminhado para a lota e, então, “apregoado” pelas peixeiras.
Esta actividade é sazonal: ao longo do inverno, dois lanços diários ao mar, dedicando-se os pescadores, a outras formas de rendimento económico; de abril a setembro, os mesmos pescadores retomam a actividade piscatória – cinco lanços diários - sendo que, enquanto uns vão mar, outros permanecem em terra a realizar outras tarefas como a reparação das redes.»
Fonte, Câmara Municipal de Vagos
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